Os Esquecidos
From book "Breviário da Confiança por Monsenhor Ascânio Brandão"... Quando morremos, vamos para aquela região que o sa...
Quando morremos, vamos para aquela região que o salmista denomina "terra do esquecimento". Já Santo Agostinho dizia, com mágoa: "Oh! como nos esquecemos dos nossos mortos!" E São Francisco de Sales acrescentou: "Não nos lembramos bastante dos nossos mortos; tanto é assim que não falamos muito deles. Fugimos do assunto como de uma coisa funesta". Deixamos os mortos enterrarem seus mortos. Extingue-se em nós a sua memória com os dobres do sino. Pouca gente se lembra de que a verdadeira amizade não pode terminar com a morte, porque mais forte do que esta é o amor verdadeiro. Só a Religião de Jesus Cristo cultiva, com extremos de ternura, a amizade consoladora e forte que atravessa os túmulos e vai até o seio da eternidade! Só as almas verdadeiramente piedosas jamais se esquecem dos entes queridos que a morte lhes arrebata. O dogma da comunhão dos santos é uma das fontes mais ricas de consolações da Igreja. Graças a ele não seremos esquecidos para sempre. Todos os dias, no Altar sagrado o ministro do Senhor tem em lembrança os mortos, com saudades, e implora para eles a misericórdia Divina. O ofício Divino repete sempre: "E as almas dos fiéis, pela misericórdia de Deus, descansem em paz". Como é consoladora a nossa fé! Humilhe-nos o pensamento da morte, que nos fará esquecidos. Console-nos o dogma da comunhão dos santos. Para a Igreja, nossa Mãe querida, nunca seremos esquecidos.
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