Rainha dos Mártires
From book "Breviário da Confiança por Monsenhor Ascânio Brandão"... Não se pode contestar, afirma Santo Afonso, que Ma...
Não se pode contestar, afirma Santo Afonso, que Maria tenha sido mártir. Provam-no Dionísio Cartusiano, Perbalto, Catarino e muitos outros. Para o martírio, basta uma dor suficiente para dar a morte, ainda que, na realidade, não se venha a morrer. São João Evangelista tem as honras do martírio, embora não tenha morrido na caldeira de azeite fervente. A obediência faz mártires. Maria foi mártir, sem que tocassem os algozes em seu corpo virginal. Ela teve um martírio dos mais cruéis: o do coração. O nome de Maria tem, entre outras significações, a de mar, oceano. Toda a vida de Nossa Senhora foi um oceano de dores e Ela própria, uma Rosa de martírio. À semelhança da rosa que cresce entre os espinhos a Mãe de Deus -- revelou o Anjo a Santa Brígida -- crescia em anos no meio dos sofrimentos. E assim como, à medida que cresce a rosa, crescem os espinhos, assim também, quanto mais a Virgem, Rosa eleita do Senhor, crescia em idade, mais cresciam, para atormentá-la, os espinhos de seu martírio cruel. Nossa vida pode ser um martírio, martírio lento de pequeninos aborrecimentos quotidianos, martírio de enfermidades e reveses.
Um olhar à Rainha dos mártires! Coragem! Que o doce perfume da Rosa Mística suavize a dor das feridas que cada dia nos fazem os espinhos da vida!
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