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Domingo antes do dia 24 de Junho

Festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Do livro "Meditações de Santo Afonso de Ligório para cada dia do ano"... In me omnis spes vitae et virtutis — “Em mim há to...


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Meditações para todos os dias

Santo Afonso

In me omnis spes vitae et virtutis — “Em mim há toda a esperança da vida e da virtude” (Eclo 24, 25)

Sumário. O título de Mãe do Perpétuo Socorro, que a própria Santíssima Virgem adotou, é como que o resumo de todas as suas mais belas prerrogativas e de todas as nossas mais doces esperanças. Alimentemos, pois, a devoção para com a divina Mãe sob este título. Estejamos persuadidos de que, se nós a honramos por um perpétuo recurso, ela nos responderá com um perpétuo socorro. Mais ainda, se junto a ela fizermos valer a intercessão de seu grande servo Santo Afonso. Lembremo-nos, porém, que para sermos servos verdadeiros de Maria, mister é que lhe imitemos as virtudes.

I. Entre os muitos títulos sob os quais os fiéis honram Maria Santíssima, um dos mais gloriosos para ela e dos mais consoladores para nós, é o que ela mesma se atribuiu, de Mãe do Perpétuo Socorro. Dando-lhe o nome de Mãe, exaltamos a sua dignidade incompreensível, reconhecendo-a pela verdadeira Mãe de Deus, e, por conseguinte, pela Rainha do universo, a cujo nome se inclinam o céu, a terra e o inferno. Não somente confessamo-la Mãe de Deus, mas também Mãe nossa; porquanto, dando a vida temporal a Jesus, nosso irmão primogênito, comunicou-nos ao mesmo tempo a vida de graça, pela parte que teve na grande obra da Redenção, tornando se co-redentora do gênero humano.

Acrescentando ao nome de Mãe as palavras do Perpétuo Socorro, exaltamos o poder ilimitado com que a enriqueceu o Senhor, e a misericórdia inesgotável de que transborda o seu terníssimo Coração. O Pai Eterno constituiu Maria depositária dos merecimentos infinitos de Jesus Cristo, e decretou que nenhuma graça seja dispensada aos homens sem que passe pelas mãos de Maria. Por sua vez, a divina Mãe demonstrou e continua a demonstrar que não há nem tempo, nem lugar, nem circunstância em que não esteja disposta a correr em auxílio daqueles que a invocam como Mãe do Perpétuo Socorro.

Numa palavra, este belo título é o resumo de todas as glórias de Maria e de todas as consolações do homem; pois que não há nele palavra que não encerre uma das mais belas prerrogativas da Virgem e uma das mais belas esperanças do homem. Felizes de nós, se lhe formos sempre devotos! Se ainda não o fizeste, meu irmão, coloca-te sob a proteção de Maria, Mãe do Perpétuo Socorro, e alista-te na pia Arquiconfraria erigida em sua honra (1). Não sejas, porém, do número daqueles confrades que se contentam em darem o seu nome; mas cuida em observar as práticas de devoção.

Portanto, recorre à Mãe do Perpétuo Socorro em todas as tuas necessidades; procura imitar as suas virtudes, e honra de modo particular a Santo Afonso, elegendo-o teu advogado especial junto à Rainha do céu. Afinal, empenha-te em promover em outros, com palavras e exemplos, esta devoção, como sendo um meio eficacíssimo para obter de Deus os favores mais assinalados e alcançar com certeza a salvação eterna.

“Ó Mãe do Perpétuo Socorro, vós sois a dispensadora de todas as graças que Deus nos concede, a nós pobres e miseráveis. Se Ele vos fez tão poderosa, tão rica e tão benigna, foi para que nos assistais nas nossas misérias. Sois vós a advogada dos mais miseráveis e desamparados pecadores que a vós recorrem; socorrei-me, pois, a mim que a vós me recomendo. Nas vossas mãos ponho o negócio da minha salvação, entrego-vos a própria alma. Aceitai-me no número dos vossos servos prediletos; acolhei-me debaixo da vossa proteção, e dou-me por satisfeito; porque, se vós me socorreis, nada temo. Não temo os meus pecados, porque vós me obtereis o perdão; não temo o demônio, pois vós sois mais poderosa que todo o inferno; não temo o meu próprio Juiz Jesus Cristo, porque uma só súplica vossa basta para reconciliá-lo. O que só temo é, por minha negligência, esquecer de vos invocar e assim perder-me. Alcançai-me, Senhora minha, o perdão dos pecados, o amor a Jesus Cristo, a perseverança final, e a de recorrer sempre a vós, ó Mãe do Perpétuo Socorro” (2).

“E Vós, ó Deus onipotente e misericordioso, que nos destes vossa Mãe Maria, cuja imagem insigne veneramos, como Mãe do Perpétuo Socorro, concedei-nos propício, que implorando assiduamente a sua proteção maternal, mereçamos conseguir sempre os frutos da vossa Redenção” (3).

Referências: (1) Esta Arquiconfraria existe em quase todas as igrejas dos padres redentoristas. (2) Indulgência de 100 dias. (3) Or. festi.

(LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo II: Desde o Domingo da Páscoa até a Undécima semana depois de Pentecostes inclusive. Friburgo: Herder & Cia, 1921, p. 343-346)

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