A Estátua do Mestre Divino
Do livro "Breviário da Confiança por Monsenhor Ascânio Brandão"... Santa Joana de Chantal sofria muito por sentir, qu...
Santa Joana de Chantal sofria muito por sentir, quando orava, que sua alma ficava como que insensível, numa desoladora e triste aridez diante de Nosso Senhor. São Francisco de Sales consolou-a com a bela parábola da estátua. "Minha filha, diz o santo, se uma estátua colocada dentro dum nicho, num salão, pudesse falar e se lhe perguntasse: -- Por que estás aí? Porque, diria ela, o meu mestre aqui me colocou. Por que não te moves? -- Porque ele quer que eu permaneça imóvel. -- De que te serve isso? Que proveito tiras daí? -- Não é para meu proveito nem para me servir que estou aqui, mas para servir e obedecer à vontade de meu Senhor e Mestre. -- Mas tu não o vês! -- Pouco importa, responderia a estátua, ele me vê e fica satisfeito com minha permanência no lugar em que me pôs. -- Mas não desejarias ter movimento, ir para junto dele? -- Não, se ele não o ordenar. -- Nada desejas então? -- Não, porque estou onde meu Senhor e Mestre me colocou e sua vontade é a única alegria de meu ser". -- "Minha filha, termina o santo, não é uma boa oração apegar-se unicamente à vontade de Deus?
Oh! não vos desanimeis, pobres mortais, se vos sentirdes naquele estado de alma! Deixai que o Artista e Mestre Divino faça o que quiser da sua estátua. A oração humilde, submissa, vale mais do que os êxtases. Nosso Senhor disse uma vez à Santa Margarida Maria: "Minha filha, a oração de submissão e de sacrifício Me é mais agradáveis do que a contemplação".
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