Eu tenho Sede
Do livro "Breviário da Confiança por Monsenhor Ascânio Brandão"... "Depois sabendo Jesus que tudo estava cumprido par...
"Depois sabendo Jesus que tudo estava cumprido para se acabar de cumprir a Escritura, disse: Tenho sede! Tinha, porém, ali perto um vaso cheio de vinagre. Então, correndo logo um deles, tomando uma esponja, a ensopou em vinagre e a pôs sobre uma cana e Lhe dava de beber." (Mt. 27, 48 ; Mc. 15, 36)
Jesus, agonizante, na cruz! Tem sede! "Sitio!" "Eu tenho sede!" De suplícios mais horrorosos não se queixou e nem pediu alívio. E clama: "Tenho sede!" Ah! É a sede de nossas almas, sede de amor, que O devora. Jesus quer na linfa cristalina das almas remidas, água pura, de puro amor de nossos corações. Corações cheios de confiança, de abandono, que O amem e Lhe deem almas, muitas almas. E, quando na tortura horrorosa dessa sede de Amor, Jesus nos pede o coração pela confiança, chegamos-Lhe aos lábios em brasa e ressequidos a esponja ensopada em vinagre de desespero, de dúvida e desconfiança da sua Misericórdia. E como não a rejeitar, triste e amargurado? Ah! Demos a Jesus agonizante e sequioso, todo o amor de nosso coração, e que esse amor seja um amor confiante na sua Misericórdia infinita. Aliviemos a sede abrasadora de Nosso Divino Redentor, a nos pedir almas, muitas almas que podemos salvar pregando a Sua Bondade e o Seu Amor Misericordioso! Afastai dos lábios do Divino agonizante o fel do desespero e o vinagre da desconfiança, que perdem tantas almas!
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