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Oração Mental para o clero

Dom Chautard incita o clero a fazer meditação de forma completa e rica no livro A Alma de todo apostolado.


  • Que deve ser minha meditação?

  • Como hei de fazer a meditação?

Que deve ser minha meditação?

Ascensio mentis in Deum 1. "O subir desta sorte, diz Santo Tomás, como é ato da razão não especulatíva mas, prática, supõe os atos da vontade".

Conseqüência:

Verdadeiro trabalho é portanto, a oração mental, mormente para os principiantes.

  • Trabalho para se apartar um instante do que não é Deus.
  • Trabalho para ficar durante meia-hora fixo em Deus e chegar a adquirir nôvo impulso para o bem.
  • Trabalho sem dúvida penoso ao princípio, mas que eu quero generosamente aceitar.
  • Trabalho que, de mais a mais, será depressa coroado pela maior consolação dêste mundo, a paz na amizade e na união com Jesus.

"A oração, diz santa Teresa, é apenas um entretenimento de amizade em oue a alma fala intimamente com aquêle por quem ela se sabe amada".

Entretenimento cordial. Ímpio seria supor que Deus, o qual me dá a necessidade, e por vêzes o atrativo dêste entretenimento, e mais ainda mo impõe, não o quer facilitar a mim. Ainda que eu de há muito o haja abandonado, Jesus a ele ternamente me convida e me oferece assistência especial para essa linguagem de minha fé, de minha esperança e de minha caridade que deverá ser, segundo a expressão de Bossuet, minha meditação.

Resistirei acaso a êsse apêlo de um pai que até convida o pródigo para vir escutar a sua palavra, para filialmente conversar com êle, para lhe abrir o próprio coração, para ouvir as palpitações do seu?

Entretenimento simples. Hei àe estar nêle com naturalidade. Portanto, hei de falar a Deus como tíbio, como pecador, como pródigo ou como fervoroso. Com ingenuidade de criança, hei de expor-lhe o estado da minha alma e não hei de falar-lhe senão a Iinguagem que verdadeiramente traduza o que sou.

Entretenimento prático. O ferreiro mergulha o ferro no fogo, não para o tornar ardente e luminoso, senão para o tornar maleáveL Assim também a meditação não ilumina a minha inteligência e não aquece o meu coração senão para tornar a minha alma flexível, a fim de poder martelá-la, tirar-lhe as faltas ou a forma do velho homem, e dar-lhe as virtudes ou a forma de Jesus Cristo.

Portanto, o meu entretenimento há de ter como resultado o exalçar a minha alma até à santidade de Jesus 2, a fim de que êle possa afeiçoá-la à sua imagem.

Tu, Domine, Jesus, Tu Ipse, manu mitíssíma, misericórdíssima, sed tamen fortíssima formans ac pertractans cor meum 3.

Como hei de fazer a meditação?

Para realizar a sua definição e fim, seguirei esta marcha lógica:

  1. Porei a minha razão e sobretudo minha fé e meu coração diante de nosso Senhor ensinando-me uma verdade ou uma virtude.
  2. Excitarei minha sêde de harmonizar minha alma com o ideal entrevisto.
  3. Deplorarei tudo quanto em mim lhe fôr contrário.
  4. Prevendo os obstáculos, decídir-me-eí a quebrá-los.

Mas, persuadido de que sozinho nada conseguirei, obterei com minhas ínstâncías a graça eficaz para lograr bom êxito.

Viajeiro afadigado, ofegante, procuro matar a sêde... Enfim

  • vídeo 4: Vislumbro uma fonte. Mas ela brota de rochedo escarpado...
  • Sítio: Quanto mais contemplo essa água límpida, que me permitirá continuar o meu caminho, tanto mais se me acentua, malgrado os obstáculos. O desejo de apagar a minha sêde...
  • Volo: Quero a todo custo chegar a essa fonte e esforçar-me por atingi-la. Mas ai! devo verificar a minha impotência...
  • Volo tecum: Sobrevém um guia. Êle, para me ajudar, só espera pelas minhas instâncias. ele próprio me conduz até pelas passagens difíceis. A breve trecho apago a sêde a largos haustos.

Assim acontece com as águas vivas da graça que brotam do Coração de Jesus.

A minha leitura espiritual da tarde, elemento tão precioso de vida interior, reavivou o meu desejo de fazer a meditação na manhã do dia seguinte... Antes do meu repouso, prevejo sumàriamente, mas de maneira nítida e forte, o assunto da minha meditação 5 bem como o fruto particular que dela quero tirar, e excito perante Deus o desejo de tirar proveito dela.

Chegou a hora da meditação 6. Quero arrancar-me da terra, forçar a minha imaginação a representar-me uma cena viva e falante que hei de substituir às minhas preocupações, distrações, etc. 7. Representação rápida e a largos traços, mas suficientemente impressionadora para me empolgar e me lançar na presença dêsse Deus, cuja atividade tôda de amor quer envolver-me e penetrar-me. Desta sorte, ficarei em relação com um INTERLOCUTOR vivo 8, adorável e amável.

Imediatamente, ato de adoração profunda. Isto impõe-se. Aniquilamento, contrição, protesto de dependência, com oração humilde e confiante para que êste entretenimento com meu Deus seja abençoado 9.

Vídeo

Empolgado pela vossa presença viva, ó Jesus, e assim desembaraçado da ordem puramente natural, vou começar meu entretenimento pela linguagem da fé, mais fecunda que as análises de minha razão. Com êste fito, leio ou recordo cuidadosamente o ponto da meditação. Resumo-o e concentro nêle minha atenção.

Sois vós, Ó Jesus, que me falais e me ensinais esta verdade. Quero reavivar e aumentar a minha fé no que vós me apresentais como absolutamente certo, pois se funda na vossa veracidade..

E tu, minha alma, não cesses de repetir: Creio. Repete-o ainda com mais fôrça. Como a criança que estuda sua lição, repete numerosíssimas vêzes que aderes a esta doutrina e às suas conseqüências para a tua eternidade 6... Ó Jesus, isto é verdadeiro, absolutamente verdadeiro. Creio-o firmemente. Quero que êste raio do sol da revelação seja como o farol da minha jornada. Tornai a minha fé ainda mais ardente. Inspirai-me o desejo veemente de viver dêste ideal e santa cólera contra tudo o que se lhe opuser. Quero devorar êste alimento de verdade; quero assimilá-lo.

Se, entretanto, após alguns minutos passados a excitar minha fé, eu ficar inerte perante a verdade que me é apresentada, não insistirei. Filialmente vos exporei, meu bom Mestre, quanto essa impotência me custa e vos pedirei que a ela suprais.

Sítio

Da freqüência e sobretudo da energia dos meus atos de fé, verdadeira participação de um raio da inteligência divina, vai depender o grau de estremecimento do meu coração, linguagem da caridade afetiva.

Nascem com efeito ou espontâneamente, ou excitados pela minha vontade, os afetos, flôres que a minha alma de criança lança diante de Jesus que lhe fala: Adoração, reconhecimento, amor, alegria, apêgo à vontade divina e desapêgo de tudo mais, aversão, ódio, cólera, esperança, abandono.

O meu coração escolhe um ou muitos dêstes sentimentos, compenetra-se dêles, exprime-os a vós, ó Jesus, e muitas vêzes vo-los repete, terna, lealmente, mas com simplicidade.

Se a minha sensibilidade me oferecer o seu concurso, aceítá-lo-eí. Pode-me êle ser útil, mas não me é necessârío. O afeto calmo, mas profundo, é mais seguro e mais fecundo que as comoções superficiais. Estas últimas não dependem de mim e nunca são o termômetro da meditação verdadeira e frutuosa. O que está sempre em meu poder e o que sobretudo importa, é o esfôrço para sacudir o torpor do meu coração e fazer-lhe dizer: Meu Deus, quero unir-me a vós. Quero aniquilar-me perante vós. Quero cantar a minha gratidão e a minha alegria em cumprir a vossa vontade. Não mais quero mentir ao dizer-vos que vos amo e que detesto tudo o que vos ofende, etc.

Se bem que o meu esfôrço tenha sido leal, pode acontecer que o meu coração fíque frio e só frouxamente exprima os seus afetos. Dir-vos-ei então ingênuamente, ô Jesus, assim a minha humilhação como o meu desejo. Prolongarei de boa-vontade os meus queixumes, persuadido de que, gemendo assim na vossa presença por essa esterilidade, eu adquiro o direito especial a unir-me de maneira eficacíssima, pôsto que sêca, cega e friamente, aos afetos do vosso divino Coração.

Como é belo, ó Jesus, o ideal que em vós contemplo. Mas minha vida está porventura em harmonia com êsse exemplar perfeito? Faço êste inquérito sob as vossas vistas profundas, Ó interlocutor divino, que agora todo misericórdia, sereis todo justiça, mais tarde, no só por só do juízo particular; então com um relance de olhos perscrutareis os motivos secretos dos atos mínimos da minha existência. Vivo eu acaso dêste ideal? Se neste momento morresse, ó Jesus, não encontraríeis a minha conduta em contradição com êle?

Sôbre que pontos, desejais vós, meu bom Mestre, que, eu me corrija? Ajudai-me a descobrir os obstáculos que me impedem de vos imitar, e depois as causas internas ou externas e as ocasiões, próximas ou remotas dos meus desfalecimentos. A vista das minhas misérias e das minhas díficuldades obriga o meu coração a exprimir-vos, ó meu adorado Redentor: confusão, dor, tristeza, pesares amargos, sêde ardente de procedimento melhor, oferta generosa e sem reserva do meu ser. Volo placere Deo in ómnibus [^8].

Volo

Adentro mais na escola do querer.

Ê a linguagem de caridade efetiva. Os afetos fizeram nascer em mim o desejo de me corrigir. Vi os obstáculos. Agora, acho-me disposto a dizer: Quero removê-los. Ó Jesus, o meu ardor em repetir-vos êste quero promana do meu fervor em repetir: Eu creio, amo, arrependo-me, detesto.

Se, às vêzes, êste volo não brotar com a energia que eu desejaria, ó meu querido Salvador, hei de deplorar esta fraqueza da minha vontade e, longe de perder a coragem, não me cansarei de vos repetir quão grande é o meu desejo de participar da vossa generosidade no serviço de vosso Pai. -.

A minha resolução geral de trabalhar 'em salvar-me e em. amar a Deus, juntarei a resolução de aplicar a minha meditação às dificuldades, tentações, perigos daquele dia. Mas hei de sobretudo empenhar-me em" forjar: de J:lÔ\TO, com amor mais vivo, a resolução (1), objeto do meu exame particular (falta a combater ou virtude a praticar). Hei de fortificá-la com motivos hauridos no Coração do Mestre. A guisa de verdadeiro estrategista, hei de precisar os meios capazes de lhe assegurar' a execução, prever as ocasiões e preparar-me para a luta.

Se entrevir uma ocasião especial de dissipaçã-o, de' imortificação, de humilhação, de tentação, uma decisão grave, etc., hei de dispor-me à vigilância e à energia para êsse momento, e sobretudo à união COm Jesus'-e ao recurso a Maria. -

Se a despeito destas precauções ainda chegar a cair, que abismo entre estas quedas de surprêsa e as outrasl Para trás o desânimo, pois sei que Deus é glorífícado: pelos meus atos perpétuos de estar sempre recomeçando a tornar-me mais resoluto, mais desconfiado de' mim mesmo, mais suplicante para com êle. - Somente por, êste preço é que se logra o bom êxito.

Voto tecum

Obrigar um coxo a caminhar direito é menos .absurdo do que querer sair-se bem de qualquer empreendimento. sem vós, Ó meu Salvador (s. Agost.), As minhas resoluções têm ficado estéreis Porque o ómnia possum não tem derivado do in eo qui me confortat (2). Chego, pois, ao ponto da minha meditação, o mais importante· a. certos respeitos: a súplica ou linguagem da esperança.

Sem a vossa graça, Ó Jesus,· eu nada posso. Essa. graça, eu não a mereço por título algum. Mas sei que as minhas instâncias, em vez de vos aborrecerem; ·hão de determinar a medida do vosso auxílio, se. refletirem a minha sêde de. ser vosso, a desconfiança de .mim mesmo .. e a minha confiança ilimitada, louca direi até, no. vosso Coração. Como a Cananéia, eu me prostro a vossos pés, ó bondade infinita. Com a sua persistência, tôda de esperança e de humildade, eu vos peço, não algumas migalhas, mas sim verdadeira participação dêsse festim, do qual vós haveis dito: O meu alimento é fazer a vontade de meu Pai.

Tornado pela graça membro do vosso Corpo místico, eu participo da vossa vida e dos vossos méritos e eu oro por meio de vós, Ó Jesus. Ó pai santo, eu oro pelo .Sangue divino que grita misericórdia: Podereis rejeitar .a minha oração? É o grito do mendigo que eu solto para vós, ó riqueza inesgotável: Exaudi me, quóníam ínops et pauper sum ego 10. Revesti-me da vossa fôrça e glorificai <> vosso poder na minha fraqueza-. A vossa bondade, as vossas promessas e os vossos méritos, ó Jesus, a minha miséria e a minha confiança, são os únicos títulos da minha súplica para obter,' mediante a minha união convosco, a 19uarda do coração e a fôrça durante êste dia.

Sobrevenha embora um obstáculo, uma tentação, um sacrifício a impor a qualquer das minhas faculdades; o texto ou o pensamento que eu levo comigo como ramalhete espiritual, me fará 'respirar o perfume de oração que envolveu as minhas resoluções, e de nôvo, nesse momento» soltarei o grito da súplica eficaz. ~ste hábito, fruto da minha meditação, será também a sua pedra de toque: A frúctibus cognoscetís.

Só quando eu chegar a viver de fé e de sêde habitual de Deus, é que o trabalho do vídeo será às vêzes, supresso; o sítio e o volo brotarão logo desde o princípio da meditação, que se passará então em produzir afetos e oferecimentos, em afirmar a minha vontade resoluta; e depois em mendigar junto de Jesus diretamente ou por Maria Imaculada, os anjos ou os santos, uma união mais íntima e mais constante com a' vontade divina. Espera-me agora o santo sacrifício. A meditação preparou- me para êle. A minha participação no Calvário em 'nome da Igreja e a minha comunhão serão uma como continuação da minha meditação 11. Na minha ação de graças, estenderei as minhas súplicas aos interêsses da Igreja, às almas que estão a meu cargo, aos defuntos, às minhas obras, parentes, amigos benfeitores, inimigos, etc. Recitação das diversas horas do meu querido breviário, em união com a Igreja, por ela e por mim, freqüentes e ardentes orações jaculatórias, comunhões espirituais, exame particular, visita ao santíssimo Sacramento, leitura .santa, têrço, exame geral, etc., virão tornar reto o meu caminho, reavivar as minhas fôrças e conservar o impulso dado de manhã a fim de que nada, pelo meu dia adiante, escape à ação de nosso Senhor. Graças a êsse impulso, o recurso prrmeiro freqüente, depois habitual a Jesus, diretamente ou por intermédio de sua Mãe, fará "cessar as contradições entre a minha admiração pela sua doutrina e a minha vida de emancipação, entre a minha piedade e a minha conduta.

Reprimimos o nosso coração, o qual no seu desejo de ser verdadeiramente útil aos homens de obras,. desejaria consagrar aqui uma resolução especial ao Exame particular.

Não cedemos ·a êste pensamento, porque temíamos alongar sobremaneira êste volume. E todavia, da leitura deCassiano, de muitos padres da Igreja, bem como de s. Inácio, de s. Francisco de Sales e de s. Vicente de Paulo, ressalta claramente que o exame particular e o exame geral são corolários obrigatórios da meditação, e estão ligados à guarda do coração.

De acôrdo com o próprio diretor, a alma resolveuse a visar mais diretamente, na meditação e no decurso do dia, tal falta ou tal virtude, fonte principal de outras faltas ou de outras virtudes.

Numerosos são os corcéis que arrastam o carro. A Vista a todos constantemente vigia. Mas, no centro das trelas, um há sôbre o qual se exerce sobretudo a solicitude do condutor. E realmente apenas êsse corcel se desvia um pouco para a direita ou para a esquerda, logo os demais se desencaminham.

A análise da alma, mediante o exame particular, para verfiicar se houve progresso, retrocesso ou estado estacionário sôbre um ponto bem escolhido, não é mais que um elemento da guarda do coração.

Notas de Rodapé:

  1. (1) A ascensão do espírito para Deus.

  2. Bela expressão de Alvarez da Paz sôbre o fim da meditação.

  3. (2) Vós, Senhor Jesus. vós mesmo, com vossa mão dulcíssima, miseri- e.'OrdIosíssíma, mas sem embargo fortissima, haveis de formar e amassar o ·meu coração (8. Agost.).

  4. Video, vejo. Sitio, tenho sêde, Volo, quero. vcie teeum, quero convosco.

  5. Quase sempre é indispensável um livro de meditação para impedir a divagação do espírrto. Muitos livros antigos e modernos apresentam todos os caracteres de verdadeíroa livros de meditação e não sOmente de leitura espiritual. Cada ponto encerra uma verdade empolgante apresentada com níttdez, fôrça e ,'Concisão.. de tal sorte que.. após a reflexão, traz consigo o entretenimento afetuoso e prático com Deus. Um só ponto basta para meia-hora e êsse ponto deve resumir-se num texto bíblico ou litúrgico, ou numa idéia principal adaptada ao meu estado. Antes de tudo, escolher os fins últimos e o pecado, ao menos uma vez por mês. depou a vocação, os deveres do estado, 08 vicios capitais: as virtudes prrncípaís, 08 atnbutas de Deus, os nustéríos do rosário ou outra qual. quer cena do Evangelho, sobretudo da Paixão. Nas solenidades Utúrgicas. o .assunto está naturalmente indicado.

  6. O Clauso ósU9 de nosso Senhor convida-me a preferir. para :fazer a meditação, o lugar onde estiver mais à vontade: igreja, quarto. jardim. etc. 2

  7. Por ex.: Nono Senhor mostrando o seu SslI'ado Coração e dizendo: Ego sum ressurrectío et vita - ou Eis o Coração que tanto amou os homens - ou ainda uma cena da sua vida: Belém, Tabor. CalvArlo, etc..• Se, após esfôrço leal e curto, não se conseguír esta representação, passe-ee ediante; DeUB suprirá.

  8. não exige senão a boa-vontade. A alma que. Importunada pelai diltraç6el, volta cada dia paciente e fielmente para o seu divino interlocutor faz eXcelente meditação - Deus supre 8 tudo.

  9. Assim se radicam 8S convícções fortes e se preparam os dons d. espírito de fé viva e de Intutçâo sobrenatural

  10. Ouve-me porque eu sou desvalido e pobre (81.. 85).

  11. nota enorme