Fecundidade do Sofrimento
Do livro "Breviário da Confiança por Monsenhor Ascânio Brandão"... O sofrimento é fecundo. "O sofrimento -- escreve a...
O sofrimento é fecundo. "O sofrimento -- escreve a admirável Elizabete Leseu 1 -- o sofrimento atua de um modo impetuoso em nós, primeiro, por uma espécie
de renovamento íntimo, em outros também, talvez muito longe e sem que saibamos neste mundo o trabalho que fazemos por eles. O sofrimento é um ato. Cristo fez mais na cruz pela humanidade do que falando e trabalhando na Galileia ou em Jerusalém. O sofrimento faz a vida: ele transforma tudo o que toca e tudo o que atinge."
"O sofrimento é um ato." Que fórmula impressionante! Convém guardá-la. Trabalha, quem sofre bem. Pode salvar almas como o apóstolo da palavra, como o sacerdote missionário mais ativo e ardente. A grande missionária dos últimos tempos, o Anjo do Carmelo de Lisieux, pôde dizer e experimentou o valor do sofrimento pela salvação das almas. -- "Pelo sofrimento e a perseguição -- disse ela 2 -- muito mais que por brilhantes pregações, Deus quer firmar o Seu Reino nas almas..." Nossos sacrifícios, nossos esforços e os mais obscuros de nossos atos não estão perdidos, é minha opinião absoluta: todos têm repercussão longínqua e profunda. Este pensamento não dá lugar ao desânimo e não permite a covardia. "Somos pobres jornaleiros da vida." Assim concluiu Elizabete.
Semeemos e Deus fará surgir a colheita. Semeemos o bem na dor e na alegria, no Tabor e no Calvário, no "Fiat" do Getsêmani e nos Aleluias da Ressurreição. Porém, é mais fecundo o bem semeado na dor, no sofrimento, enfim, porque o sofrimento é um ato.
Notas de Rodapé:
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